AW-16639712231 O Falso Self: Compreendendo as máscaras que usamos
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Foto do escritorGabi Carvalho

O Falso Self: Compreendendo as máscaras que usamos


Mulher se olhando no espelho

Durante nossa vida, enfrentamos desafios e pressões que muitas vezes nos levam a agir de maneiras que não refletem quem realmente somos. Um conceito importante que explica isso foi introduzido pelo psicanalista britânico Donald Winnicott: o Falso Self.


O que é o Falso Self?


De acordo com Winnicott, o Falso Self é uma defesa que desenvolvemos para atender às expectativas e demandas do nosso ambiente. Ele surge quando nossa verdadeira essência não encontra um ambiente favorável para se manifestar de forma autêntica.


O Falso Self funciona como uma máscara que usamos para nos proteger de rejeições, desaprovações ou frustrações. Ele nos impede de sermos vulneráveis e autênticos, nos mantendo sempre adaptados às expectativas dos outros.


As Consequências do Falso Self


Viver principalmente através do Falso Self pode trazer várias consequências emocionais e psicológicas, como:


  • Sensação de vazio: Quando não vivemos de acordo com nossa verdadeira essência, sentimos um vazio interno, como se algo importante estivesse faltando.

  • Desconexão emocional: A constante adaptação ao ambiente externo pode nos desconectar de nossas próprias emoções, dificultando a compreensão e expressão dos nossos sentimentos verdadeiros.

  • Ansiedade e depressão: A falta de autenticidade e a pressão para manter as aparências podem causar altos níveis de estresse, ansiedade e até depressão.

  • Dificuldades nos relacionamentos: Relacionamentos baseados no Falso Self tendem a ser superficiais e insatisfatórios, pois não há uma troca genuína entre as pessoas.

Para ilustrar melhor sobre o Falso Self quero te contar uma história:

A História de Ana


Ana sempre foi uma menina alegre e criativa. Quando era pequena, adorava desenhar e inventar histórias. Mas, ao crescer, ela percebeu que seus pais esperavam que ela fosse ótima aluna na escola, como o seu irmão mais velho. Aos poucos, Ana foi deixando de lado seus desenhos e suas histórias, focando apenas no que agradava seus pais. Ela se tornou uma excelente aluna, mas sentia um vazio por dentro.


Ana estava vivendo com seu Falso Self. Ela fazia tudo para agradar os outros, mas não se sentia feliz de verdade. Sentia que algo estava faltando.


Um dia, Ana encontrou uma velha caixa de desenhos e histórias que tinha guardado quando era criança. Ao olhar para aqueles desenhos, sentiu uma saudade imensa de quem ela era antes de tentar agradar todo mundo. Decidiu que era hora de mudar.


Ana começou a fazer terapia, onde aprendeu sobre o Falso Self e como ele a estava impedindo de ser feliz. Também começou a reservar um tempo para desenhar e escrever novamente, redescobrindo sua paixão de infância. Aos poucos, ela foi se sentindo mais conectada com seu verdadeiro eu.


Ela também procurou estar com pessoas que a aceitavam como ela era, sem máscaras. Isso a ajudou a se sentir mais segura para ser autêntica.



mulher segurando uma rosa branca no peito


A história de Ana nos mostra que é possível deixar de lado o Falso Self e redescobrir nosso verdadeiro eu. Essa jornada pode ser desafiadora, mas é extremamente recompensadora. Quando somos autênticos, vivemos uma vida mais plena e verdadeira.


Reconhecer a presença do Falso Self é o primeiro passo para iniciar uma jornada de autoconhecimento e autenticidade. Winnicott enfatiza a importância de um ambiente acolhedor e responsivo, que permita ao indivíduo explorar e expressar seu verdadeiro self sem medo de julgamentos.


Algumas estratégias para se reconectar com o verdadeiro self incluem:


  1. Terapia: Através da terapia, é possível explorar as raízes do Falso Self e trabalhar para fortalecer o verdadeiro self.

  2. Autocuidado: Praticar o autocuidado e reservar momentos para si mesmo pode ajudar a fortalecer a conexão com a própria essência.

  3. Exercícios de Bioenergética: Como psicoterapeuta corporal, recomendo os exercícios de bioenergética, que podem auxiliar na liberação de tensões e na reconexão com o corpo e as emoções.

  4. Autenticidade nas Relações: Buscar relacionamentos onde você possa ser autêntico e verdadeiro, sem a necessidade de máscaras ou defesas.

A busca pela autenticidade é um processo contínuo e desafiador, mas extremamente recompensador. Ao deixarmos de lado o Falso Self e nos permitirmos ser quem realmente somos, abrimos espaço para uma vida mais plena, significativa e conectada com nossa verdadeira essência. Como disse Winnicott,


"Só o verdadeiro self pode ser criativo e sentir-se real".

Que possamos, a cada dia, nos aproximar mais da nossa verdadeira essência e viver uma vida autêntica e plena.


Um beijo


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