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Foto do escritorGabi Carvalho

Fatores que influenciam a segurança no uso de óleos essenciais.




Você sabia que uma gota de óleo essencial equivale, em média, a 25 saquinhos do chá da planta?


É exatamente por serem tão concentrados que os óleos essenciais são capazes de atuar de modo tão eficaz em nosso organismo, no entanto, é por este mesmo motivo que o seu uso terapêutico requer cuidado e orientação adequada.


A maioria dos óleos essenciais comercialmente disponíveis no mercado é segura para uso, e quando manuseados de maneira apropriada, os riscos envolvidos na sua utilização em ambientes domésticos ou profissional/clínico se tornam muito pequenos.


Registros de intoxicações graves causadas por óleos essenciais não são frequentes, no entanto, podem ocorrer por ingestão de quantidades excessivas de óleo essencial puro (acima de 10 mL de óleo essencial puro) ou frequência de aplicação superior ao recomendado, especialmente em crianças menores de sete anos.


Você sabe quais são os fatores que influenciam a segurança no uso de óleos essenciais?



FATORES QUE INFLUENCIAM A SEGURANÇA NO USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS
Aplicação dos Óleos Essnciais


FATOR 01: QUALIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL


Um óleo sintético, adulterado, não possui a mesma composição química de um óleo essencial natural, logo não poderão dar os mesmos resultados terapêuticos, além de aumentarem a probabilidade de uma resposta adversa no organismo. Ao adulterar ou isolar um princípio considerado mais ativo, perde-se os compostos orgânicos responsáveis pelas propriedades medicinais dos óleos e eles não atuaram de modo adequado e eficaz.


FATOR 02: COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO


Cada óleo essencial possui características bioquímicas particulares, que irão designar a ação terapêutica e o método de utilização mais adequados.


Conhecer a composição química do óleo essencial, nos revela tanto o seu princípio ativo majoritário, que indicará as melhores vias de atuação do óleo, como também indicará a presença de componentes que requerem maior cautela no uso do óleo essencial. É o caso das furanocumarinas, componentes que indicam que o óleo tem a capacidade de tornar a pele fotossensível e, portanto, não devem ser utilizados antes da exposição solar.


Óleos essenciais ricos em aldeídos (por exemplo, citronelal, citral) e fenóis (por exemplo, aldeído cinâmico, eugenol) podem causar reações na pele se aplicados sem diluição. Os óleos ricos nestes componentes nunca devem ser aplicados puros sobre a pele e além da diluição também podem ser associados a outros óleos com capacidade de atenuar seus efeitos irritantes.



FATOR 03: MÉTODO DE APLICAÇÃO


Os óleos essenciais atuam no organismo por vias fisiológica, psicológica e energética. Dentre as formas de aplicação e utilização mais comuns, temos: inalação, massagem, emprego em cosméticos, bandagem ou compressas, banhos e uso interno. O método de aplicação mais adequado pode variar de acordo com as características particulares de cada óleo essencial, bem como o próprio tratamento a ser realizado. Cada método de aplicação, por sua vez, possui orientações de segurança que precisam ser respeitadas.


O uso interno de óleos essenciais, por exemplo, não deve ser realizado sem a orientação e o acompanhamento de um profissional adequado; dosagem superior a 300 mg ou emprego de óleos que não sejam puros.



FATOR 04: DOSAGEM E DILUIÇÃO


Para uma dosagem e diluição seguras devem ser respeitados tanto as características de cada óleo essencial, bem como a sensibilidade do próprio paciente. Qualquer uso excessivo de óleos essenciais pode causar irritação ou outros efeitos indesejados devido à sua natureza lipofílica. De modo geral, as diluições recomendadas para aplicação tópica de óleos essenciais variam entre 1 e 5% de diluição, o que normalmente não representa preocupações de segurança.


Assim, estipulou-se, por cautela, tendo por base os trabalhos na área da toxicologia, não ultrapassar a quantidade de 3% de óleo essencial em 15 mL de óleo vegetal carreador, de modo que a quantidade total dos componentes do óleo essencial seja inferior a 2000 vezes o valor da sua dose letal. Normalmente, utiliza-se a concentração de 2%, entretanto, em crianças com menos de 7 anos de idade e em pacientes muito enfermos e debilitados, usam-se concentrações menores de 1%.



FATOR 05: INTEGRIDADE DA PELE


A pele sensibilizada, doente ou inflamada é frequentemente mais permeável aos óleos essenciais e encontra-se mais suscetível à ocorrência de reações adversas e irritações. Quando fragilizada ou inflamada a pele tende a absorver uma quantidade de óleo essencial superior a quantidade que normalmente seria absorvida, não só piorando a condição da pele já fragilizada, como também provocando novas reações de sensibilização.



FATOR 06: IDADE DO PACIENTE


Bebês e crianças pequenas são mais sensíveis à potência dos óleos essenciais e as diluições seguras geralmente variam de 0,5 a 2,5%, dependendo da condição. Certos óleos essenciais devem ser evitados ou devem ser empregados somente sob a orientação de um profissional responsável. Pacientes idosos podem ter mais sensibilidade cutânea e também devem utilizar concentrações reduzidas.


O uso incorreto dos óleos essenciais não apenas coloca em risco o bem-estar do paciente, como também inviabiliza a eficácia terapêutica dos óleos essenciais e acaba por deslegitimar a prática da aromaterapia. Por isto para tratamentos adequados, de modo a se obter os melhores resultados e assegurar a sua segurança, sempre recomendamos a orientação de um profissional adequado. Somente ele poderá avaliar e também acompanhar o caso em particular e assim indicar a melhor abordagem.





REFERÊNCIAS: FÁBIÁN LÁSZLÓ - GRUPO LASZLO


NATIONAL ASSOCIATION FOR HOLISTIC AROMATHERAPY, NAHA. Safety Information.


WOLFFENBUTTEL, Adriana Nunes. Base da Química dos Óleos Essenciais e Aromaterapia : Abordagem Técnica e Científica . 2. ed. Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2016. 440 p.

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